sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Semana Problemática

Já se passaram duas (2) semanas desde que estou na Fábrica de Águas do Gurué e até agora tenho acompanhado de perto todo o processo produtivo, desde a fonte de Captação situada a cerca de 1200 metros de altitude nas montanhas do Gurué, que origina uma água denominada de nascente, até ao produto final, ou seja, as garrafas de água rotuladas e embaladas, prontas para serem distribuídas.

Neste período tenho verificado se cumprem todos os requisitos fixados pela lei vigente, decreto nº 39/2006 de 27 de Setembro, publicado no Boletim da Républica, referente ao Regulamento sobre a Qualidade das Águas Engarrafadas destinadas ao  Consumo Humano, assim como os comportamentos e modos de actuação dos trabalhadores relativamente às boas prácticas de Higiene e Segurança.

O referido decreto encontra-se disponível em:


Para efeitos de uma melhor compreensão entende-se por:

Água destinada ao consumo humano - aquela que é no seu estado natural ou após tratamento, destinada a ser bebida, à preparação e confecção de alimentos ou para outros fins domésticos, independentemente da sua origem e de ser fornecida a partir de uma rede de distribuição de água, em garrafas ou outros recipientes com ou sem fim comercial.

Qualidade de água para o consumo humano - caracteristica dada pelo conjunto de valores de parâmetros microbiológicos e físico-químicos que permitem avaliar se a água é salubre e limpa.

Águas engarrafadas - aquelas que são contidas em recipientes hermeticamente selados de várias formas, capacidades e composições destinadas ao consumo humano, e que se distinguem da água de beber comum pela sua pureza original e pelas suas características minerais, oligoelementos e/ou outros constituintes.

Água de nascente - aquela que é subterrânea, considerada bacteriologicamente própria, com características físico-químicas que a tornam adequada para o consumo humano, no seu estado natural.


Neste periodo já foi possível alterar alguns comportamentos que poderiam colocar em risco a qualidade do produto final, mas torna-se necessário acompanhar os trabalhadores de modo a verificar se estão a executar correctamente todos os procedimentos de Higiene e Segurança.

Esta semana não começou particularmente bem pois desde segunda-feira que a produção se encontra parada, devido a problemas primeiramente logisticos, pois não existiam garrafas produzidas em número suficiente para um dia de produção, e para piorar ainda mais a situação nesse mesmo dia caiu aqui uma trovoada enorme que destruiu parcialmente o transformador, que fornece energia para as máquinas, parando assim também a produção de garrafas de água.

Portanto neste momento, em que vos escrevo estas linhas, continuamos à espera da resolução de todos estes problemas, como tal podemos afirmar que esta semana não tem sido nada fácil, tendo ocorrido problemas atrás de problemas, mas continuamos a trabalhar na resolução dos mesmos.

Nestes dias entre um misto de "ansiedade e desespero" têm sido resolvidos outras questões criadas pela "tempestade" que por aqui passou, pois foi de tal intensidade que nalguns locais destruiu telhados e danificou outras partes constituintes da fábrica.

Espero que muito em breve possamos voltar a trabalhar normalmente e também cá passarei para vos contar as novidades. Até breve










segunda-feira, 22 de novembro de 2010

A primeira impressão de Moçambique

Depois de iniciada a aventura ainda em Lisboa, experenciando situações pelas quais ainda não tinha passado, tais como andar de avião, depois de decorridas 11h de viagem até à capital Maputo deparei-me como uma realidade bem diferente da nossa. Aqui o aeroporto não parece um aeroporto e as pessoas tentam ajudar-te de modo a receberem algum dinheiro, especialmente crianças. Mas chegado a Maputo tive uma espera de 3horas para poder apanhar outro avião com destino a Nampula, o que não foi fácil ainda para mais depois de não ter conseguido dormir nada no avião. Depois dessa pequena (grande) espera lá embarquei para mais 2horas de viagem de avião( passando pela Beira e finalmente Nampula). E eis que finalmente cheguei ao meu destino final: Nampula.

Fui muito bem recebido pelo meu pai e tios que residem em Nampula, e escusado será dizer que foi um reencontro algo emocionante, pois não via o meu pai à cerca de 2anos.

Aqui a realidade e a primeira impressão são algo indescritiveis, sendo um misto de beleza contrastando com a pobreza e degradação da cidade, o trânsito é caótico e ninguém respeita sinais nem semáforos, o lixo é aos montes por todo o lado e é queimado sem qualquer tipo de controlo.

Á primeira vista qualquer um de nós depois de concluido o curso teria aqui inúmero trabalho para fazer, sem dúvida alguma.

Depois de uma boa noite de sono, partimos em direcção ao Gurué, na provincia da Zambésia, sitio onde irá decorrer o meu estágio, a fim de conhecer as instalações, todo o espaço envolvente e resolver algumas questões logisticas.


sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Em breve contarei mais pormenores.

beijos e abraços

Inicio da Aventura em terras Moçambicanas

No passado dia 15 de Novembro iniciei a minha aventura rumo a Moçambique e no dia 16 já me encontrava em Maputo, provisoriamente à espera de voo para Nampula.